"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

sábado, 26 de novembro de 2016

Como uma onda



"Enquanto  homens e mulheres se perdem nas telinhas procurando o tipo irreal..."








http://noticias.uol.com.br/ultnot/album/bbc/090403ondas_album.htm

"...Tudo muda o tempo todo no mundo." 


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Leituras recomendadas VI



Traz diversos pequenos textos, escritos por vários mestres da filosofia oriental, Chan (Zen), da dinastia Song, na China dos séculos  X a XIII. Os ensinamentos neles contidos são simples e muito significativos, conduzem à uma reflexão indispensável nos dias atuais.

"Se,(...) a mente retém gostos e desgostos, e seus sentimentos se afundam em prejulgamentos, então mesmo se você tiver um espírito determinado como o dos antigos, temo que nunca verá o Caminho."

( A Vontade, fls 51)


Discute a noção histórico- linear  e a noção cíclica do Tempo, esquecida ou desprezada pelas culturas ocidentais, utilizando-se da perspectiva histórica / sociocultural da índia. Explica a origem do sistema de castas, sua degeneração e aponta para possíveis transformações.

" Na Índia, Gyan é a palavra usada para conhecimento espiritual e Vygian é a palavra que designa ciência. É dito que quando Gyan e Vygian convergirem, quando algo que atua no silêncio revelar algo à ciência, não estará longe o início de uma série de transformações que irão culminar numa nova era para o mundo." ( fls 123)

Particularmente, gostei bastante porque sempre acreditei que o invisível dá sustentação ao visível e, a última frase desse livro dá indicações de que não estou sozinha com tais pensamentos...

 "Tudo que é novo começa no invisível"



Como existem muitos ensinos budistas, o livro objetiva esclarecer a respeito da essência do budismo e especificamente, do budismo nitiren. Explica acerca das duas correntes do budismo , nascidas  ao norte e ao sul da Índia e das suas influências/desdobramentos sobre povos e outras religiões.

" Na índia antiga, a ciência e a filosofia desenvolveram-se simultaneamente."
( fls. 41

Essencial. Perfeito. Fácil. É a experiencia da Arte falando ao coração do homem moderno e guiando-o ao Caminho da harmonia consigo, com a Natureza, com a sociedade onde vive. É daqueles que hora ou outra estamos procurando para reler e se inspirar novamente.


" A transformação de um indivíduo, de uma equipe, de uma empresa ou de um país tem de começar pela autotransformação. A transformação não acontecerá com empregadores que querem que os 'outros' mudem, em vez de buscarem a mudança em si mesmos.  Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer. " (fls76)




quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A beleza sem rótulos


A única coisa que prende o coração humano vem da alma: 
é Intocável, 
Inominada, 
Indescritível.

A única beleza que não se esvai ou esgota, 
não se  traduz na perfeição da escrita ou da fala, 
no rosto e corpo perfeitos  aos padroẽs do tempo, 
ou no gosto sofisticado - doutrinado desde a infância.

Mas, sim, nas atitudes espontâneas 
que enriquecem a convivência mais simples da vida.
Um sorriso e um carinho;
a compreensão e a admiração por algo que, até mesmo, se desconhece...

 Assim, a beleza está nos olhos de quem ama.

12/10/16

terça-feira, 22 de novembro de 2016

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Se o rio corre para o mar

 
Fonte da gravura japonesa: internet.
Solidão, mar tenebroso
Faminto por almas
- Diabólico gozo.
Monstros cegos
Sereias egos
Abismo sem fim ou poço?

Anos e anos a fio
desafiando a correnteza do rio
Imerso em mim:
Não me peçam as mãos
- levaram as minhas;
Não me exijam os pés
- eles se perderam noutras esquinas.

O mundo em ruínas?
Não. NEM MÃOS, NEM PÉS.
O meu coração é todo só FÉ:
Em mim, é de onde a energia mina. 

F.C - 17/10/16


Outras gravuras japonesas:





 










domingo, 20 de novembro de 2016

O significado das coisas



" Os significados de  "vencer" ou "perder" dependem daquilo que, no final,  se revela  - contrariando as expectativas -, mais benéfico para a pessoa. E isto, nem sempre, é "vencer". Os sinais estão por toda parte, o que nos falta é ver que também somos parte."

FC




Uma questão de caráter: não de gênero.


Desenho - F.C.
 

Vivemos um momento de disputas intermináveis. Quando não entre pessoas do mesmo sexo, junto ao sexo oposto, talvez, menos por preconceito por parte de alguns e mais por medo de si e das próprias reações diante de experiências novas, fatalmente comparadas com as passadas. Os traumas dos relacionamentos permanecem na alma, retornam feito fantasmas, acabam por minar o que poderia ser diferente e promissor. Dizem que há uma cultura impregnando as relações humanas – a do interesse -, presente fortemente na fala e nas ações das últimas gerações. Todo fracasso do Eu está justificado sobre este “interesse” que muitos temem e outros professam. Mas, que interesse?

Observamos que, o errado repetidas vezes se torna o certo, quando o discurso acerca da mulher generaliza o gênero, não individualiza, coletiviza as ações, como se todas fossem agir sempre daquela desagradável forma. Este comportamento pouco saudável pode atingir também os homens, contudo, não ocorre com tanta frequência , como no caso da mulher. São raros aqueles que primam por distinguir e separam gênero (1) de caráter. Aliás, alguns (e algumas) antes precisam aprender a respeitar opiniões, ser mais tolerantes com o diferente, preocupar-se mais com o aperfeiçoamento interno do que com aquilo que ilude os sentidos. Certa vez, alguém comentou, surpreso, de que tal moça tinha os cabelos azuis e usava roupas e batom pretos, mas que ajudou a uma senhora. Associou a roupa exótica, os pearcings, a aparência externa à uma caixinha pré-fabricada. Assim, como neste caso, outras associações são feitas levando em consideração coisas fúteis e, não a essência de cada um. Se todos nós colocamos uma máscara, a fim de sermos aceitos em dado grupo ao qual desejamos pertencer, há de se esperar inúmeras máscaras – bastará garimpar a essência, os fundamentos básicos que formam o caráter para saber se vale ou não aquele relacionamento, seja ele qual for. Desta forma, voltando a questão do “interesse”, este todos têm: há de distinguirmos aquilo que é nocivo a nossa pessoa e aquilo que nos será favorável também. Quem não tem interesse em fazer amigos? Quem não tem interesse em encontrar o tal amor? Quem não tem interesse em ser feliz ao executar o seu trabalho (2)? É a qualidade disto tudo que conta. Cabe a cada um de nós antes de julgar como farinha do mesmo saco compreender cada criatura, sentenciando menos, discernindo mais. No caso anterior, o espanto por alguém atípico (na visão daquela pessoa) ajudar a idosa, reflete a sua incapacidade de perceber que ajudar pode ser também um interesse, por deixar quem ajuda realizado(a). Não é porque quer algo material. Não é porque é tapado(a) e pode ser manipulado(a). Explorado(a). Fazer bem a alguém pode fazer bem à pessoa. Se todos nós somos interesseiros por natureza, a natureza do interesse deve ser distinta: quem diz não ter interesses, mente.

Enfim, mulheres e homens podem ser interesseiros – não só as mulheres como tanto é frisado, à exaustão e, inclusive, pelas mulheres. Existem estudos na área da Economia que demonstram o empobrecimento repentino de mulheres que contribuíram a vida inteira, economicamente, com a manutenção da vida familiar e que na velhice, ou foram abandonadas ou viúvas, passaram a sofrer com a impossibilidade de suprir necessidades básicas ou mesmo, caíram na indigência. Estes economistas costumam aconselhar as gerações atuais a fazer alguma forma de previdência, investimento ou poupança com vistas a evitar um futuro degradante. São inúmeros os casos em que mulheres doentes são abandonadas com a prole, sem sequer saber do paradeiro da “espécie”. Destes casos ninguém fala. Nem as mulheres. É só dar uma passadinha no setor de Oncologia do Hospital das Clínicas e outros.E ouvir as histórias.

Por outro lado, há homens magníficos e companheiros, sim. Porque tudo é questão de caráter e não de gênero. Como os seus pais criaram é que define em parte o que que você é. Este alerta é acima de tudo para as próprias mulheres que deixam de ensinar os seus meninos a respeitar outras mulheres e de ensinar as suas meninas de que elas não precisam se estapearem na escola(3) por meninos, pois Amor não é guerra, ou nada do que disputas representam. Nós ocidentais temos o Ego maior do que o cérebro, queremos ser sempre o(a) mais, o(a) melhor, quando Ser pode ser bem mais simples. Apenas espontâneo



(1) - " Todas as mulheres são..."
(2) - ...é o meu sonho de consumo!
(3) - ...nem em lugar algum.



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