"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

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domingo, 17 de abril de 2011

Os Sete Mandamentos Perdidos: uma reflexão acerca da Banalização do Mal

 "Os Sete mandamentos Perdidos..." -  2011.

A filósofa judaico-alemã Hannah  Arendt (séc XX), ao analisar o que observou no julgamento dos criminosos nazistas, relatou aquilo a que chamaria de "A banalização do Mal". Essa estrutura geral de análise bem cabe às situações que vivemos, onde as coisas mais absurdas acontecem numa frequência comum e acabam sendo aceitas pelas sociedades como "normais" ou, por simples "omissão". Muitas pessoas estão convencidas e acreditam, sem hesitar, que certas práticas - por "natureza" -, não estão erradas e, não compreendem o por que de serem questionadas por seguí-las. É o caso do "jeitinho brasileiro" e, ao extremo, o de muitos assassinos confessos que adoram posar para as câmeras e fazer uma legião de "iguais" seguidores.  O princípio de Hannah pode nos ajudar a clarear a mente e talvez, mudar nossa forma de atuar no mundo.
Os LINKs que seguem são muito importantes para o entendimento dos vários aspectos da questão e para a compreensão do que seja "Os Sete Mandamentos Perdidos"...
1 - Nunca explorar a vulnerabilidade econômica e / ou emocional de alguém: daí surgem as maiores desgraças humanas;


Link da imagem:
2 - jamais defender um amigo de um suposto inimigo usando a força física ou a tortura mental: a verdadeira amizade está em conduzí-los, sabiamente, a (re) conciliação, pois  quem  é Bom (amigo) não segrega, e sim, agrega;

3 - Aos pais: não deixem brotar na família o amor de Caim por Abel, o amor mortal; tampouco o de Medéia* ou de  Otelo**, tão egoísta quanto, o amor insano;

4 - a Vingança é um prato cheio de comida requentada para quem gosta sempre de repetir o mesmo trágico cardápio e  depois se auto- vitimar: o que se faz aqui, aqui se paga ( sem nenhuma contribuição do ofendido ) e não há pior castigo do que aquele que aclara a consciência do algoz para o próprio delito;

5 - a inveja é uma doença que pede um só remédio - a auto-superação -, assim, a cura está em ocupar-se com a própria vida, agir sobre Ela, antes de passá-la  questionando e interferindo na dos outros;

6 -  o corpo é um templo inviolável - principalmente o de uma criança - aproveitar-se dessa e de outras fragilidades dela, ao contrário do que pensam alguns, só expõe o quanto o(a) violador(a) é impotente e fracassado(a)  naquilo que se alardeia "melhor";

7 - agredir o outro por conta de suas diferenças ( étnicas, sociais, políticas, religiosas, etc )  e escolhas só demonstra o quanto o indivíduo  gostaria de ter a coragem da pessoa em assumir o que é - pois, a verdade "dói" e precisa ser "destruída"  - , afinal, é difícil aceitar o outro plenamente feliz, enquanto o agressor não passa de um  pobre arremedo...


* - Peça de Eurípides
** - Peça de Shakespeare


Um comentário:

Arnoldo Pimentel disse...

Muito boa essa postagem. Parabéns e um bom domingo pra você.

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