O que me fere
Nos subterrâneos da pele,
Verso...
E minhas searas não serão Saaras,
Pois, o meu amor emerso climatiza.
O que cultivo se refaz em vinhas,
Adocica.
Quem ama por dentro
Segue refazendo...
Quem ama por fora
Teme a cada aurora
A metamorfose e os ventos:
Sem referencias,
O coração não aporta... apenas, envelhece e aborta!
Fênix...
Como em mim também...
Aprendi que pedra lisa
Faz quedar nela quem pisa!
Se passo
A mel, banana e sal...
Se passo bem
Se passo mal,
Passo... não fico na vida de ninguém:
Passo largo
À distância do juízo que se tem
Das coisas tanto quanto fugidias...
Fugidias
Como em mim, também...
Fênix
Das tantas artes pequenas...
Dizem que política não dá poesia,
Que é de mau gosto -
Qualquer arte de forma vazia!
Quiçá, possa eu num poema
Registrar o meu desgosto
Com essa outra arte pequena:
Desgosto por mau gosto,
Desabafo contra o dilema!
Tudo que se declara novo
Começa viciado...
Um país pré-concebido SEM POVO,
É certo que nasce condenado:
À batalhas por direitos - constantes;
À retoricas formuladas como antes;
À qualidade duma pobreza
Que principia na mente governante...
...São tantas as artes pequenas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário