"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Jogral: Identidades Paulistanas...Plurais sem Memória?

São Paulo de Saulo... Qual a sua cara? Quero ver quem fala Pra gente que está aqui! ( estudante) Fui Saulo de Tarso Sou Paulo de Tarso - Convertido a Cristão... E de braços abertos Para todos, eu prego: É na diversidade que deve haver união! ( Saulo de Tarso ) Sou Padre Anchieta Jesuíta e poeta Com meus companheiros Ergui nesta terra Um sonho tão grande Que nunca se encerra... (o Jesuíta) São Paulo de Saulo... Eu que era pagão! Caçava e pescava, Entendia o meu chão... ( o índio 1) Conhecia a mata Os rios, o capão... Eu carijo Tupi-guarani De escravo a peão! ( o índio 2) Se pudesse explicar A rudeza dos dias Apenas diria "Era a mentalidade dos tempos"... Caça ao índio, caça ao negro, caça ao ouro... Polêmico sou entre este povo Do heroísmo à vilania? De São Vicente ao Planalto - Para o interior num salto! Anhanguera, Borba Gato, Cidades surgindo atrás dos passos Sem fronteiras, as Bandeiras! (silêncio) Reconheço: tenho sangue em minhas mãos! ( o Bandeirante) E o sangue mestiço em suas veias! E nessa teia de conquistas E conquistadores... Eu, Rei de um reino vencido; Meu povo... Nós - arrancados de nossa terra africana, Atados às correntes do inferno da cana E da cultura do colonizador! (Rei africano) Surgem as meninas cantarolando (duas ) 1 - Tumba - tumbeiro Lá vem o negreiro Aportar no Brasil; (escrava urbana com tabuleiro de frutas) 2 - Mortos ao mar... Banzo e desprezo... ( Aia ) 3 - Lembranças duma África Bem aqui - a se apagar...Em nosso peito! ( as duas juntas, batem no peito...) África é Nagô; África é Banto; África é Angola No sangue do Brasil: Brasil de Zumbi, Ganga Zumba, Aleijadinho, Brasil de Pixinguinha, Milton Santos e Gil... (o poeta mulato) No Brasil de todo o negro Minha Cultura trouxe viva, Todo ser humano nasce livre Esta terra também é minha! (estudante) Fiz, fiz... Saí de meu Portugal Atravessei o Mar Tenebroso, Por causa daquele abril... Que calor! Quanto índio! Pensei que fosse fácil Voltar para lá mais rico! ( colonizador) (Muda o cenário e chegam os imigrantes lavradores e operários...Os migrantes...) Éramos exploradas Dezesseis horas diárias Por um minguado salário. Lutamos e morremos nas fábricas A luta por nossos direitos Não foi "mágica"... Vida dura de operária! (Operária) Vida dura de lavrador... Brasileiro desta terra também sou! (Lavrador Nipo - descendente) Liberdade! Liberdade! Espelho do Oriente! Este bairro é um presente Paulistana também sou! (Comerciante Nipo-descendente) Todos nós somos contentes De fazer parte das Gentes Que nesta terra se formou! ( alemã; indiana; árabe;judeu; espanhol, italiano... em coro) E que me venha no repente Muito canto Pra essa gente Onde meu coração fincou! Que a sanfona não se avexe Porque a cidade que aqui cresce A minha força ajudou! Eu também sou brasileiro Neste solo hospitaleiro Paulistano um pouco sou! ( migrante) São Paulo de Saulo Essa é a sua cara Nosso amor e nossas falhas Nossos sonhos e nossa dor... Do centro à periferia Nosso grito pede harmonia Nossas palmas são para o mundo Que em seu seio se achegou! ( Todos) Finalizando... Premeditando o Breque. Idealizado por FC a partir das seguintes fontes de pesquisa: Raízes do Brasil; América Mágica; Os Bandeirantes ( Abril ); Brasil Temático; dicionário do Brasil Colonial. Ano de 2004 ( SP 450 ) ******************************************************************************** Jogral é como se fosse um coral, só que ao inves de canticos, é um coral falado, mas falado dentro de uma ordem, o que confere uma musicalidade e ritmo à declamação. Pega-se o texto ou a poesia e divide em versos, que serão declamados por 1, 2, 3, ou quantas vozes quiser. O conjunto fica harmonioso e deve ser bem ensaiado e falado em voz bem forte ( Wikipédia).

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